Durante o período de 14 a 16 de dezembro de 2020 das 09h00 às 17h00 foi realizado o II Encontro do Projeto Temático: "Desigualdades Sociais em Saúde nos municípios sedes de duas metrópoles paulistas: mensuração, monitoramento e análises”.

O evento teve a participação da Professora da FIMI Patricia Santini e alunos da Faculdade, sendo organizado pelo Projeto Temático e dos Inquéritos de Saúde ISACamp e ISA-Capital. 

Reuniu pesquisadores nacionais e internacionais, buscando ampliar o conhecimento e construir um panorama sobre as pesquisas realizadas pelo grupo no ano de 2020.

Temas  transversais foram abordados para a formação em diversas áreas da saúde, como por exemplo as relações entre os sistemas econômicos, as desigualdades sociais e a expectativa de vida.

Também foi discutido o efeito da pandemia COVID-19 nos diversos e distintos extratos sociais levando em conta seu impacto na saúde. 

Além das palestras relevantes à formação do profissional de Educação Física, também foram apresentados trabalhos científicos desenvolvidos pelos grupos envolvidos no evento.

Na opinião do Coordenador do Curso de Educação Física, Prof. Dr. Gustavo Lima Isler: “Quando se pensa o ensino ao nível de graduação, é muito importante que os profissionais de Educação Física busquem uma formação ampla, tanto no aspecto específico de sua área, quanto no âmbito humano e social. Entendo que este evento contribuiu principalmente nestes âmbitos, ao abordar temas que transpassam a formação profissional e atingem diretamente a conscientização e a formação humana. ” Destacou. 

Para a professora da FIMI e pesquisadora do Centro Colaborador em Análise de Situação em Saúde – CCAS/FCM/UNCAMP, Patricia Santini “o evento trouxe riqueza ao proporcionar discussão e reflexão sobre a questão do direito à saúde, não somente no município de Campinas e São Paulo, mas também em dimensão nacional. 

O objetivo de discutir sobre saúde coletiva é produzir dados que possam colaborar para a criação de estratégias por políticas públicas de modo a minimizar os impactos à saúde da população gerados pela concentração de renda. Afinal de contas, a condição socioeconômica baixa também interfere na saúde. 

Para se ter uma ideia, segundo a OXFAM BRASIL, seis brasileiros têm uma riqueza equivalente ao patrimônio dos 100 milhões mais pobres do país. Os 5% mais ricos detêm a mesma fatia de renda dos demais 95%. 

Uma mulher trabalhadora que ganha um salário mínimo mensal levará 19 anos para receber o equivalente que um super-rico recebe em um único mês. Esse é o cenário atual do Brasil. Discutir a desigualdade social no nosso país é necessário”. Ressalta Patrícia. 

Nós da Faculdade Maria Imaculada parabenizamos todos os envolvidos, tanto na organização, quanto na participação do evento que certamente contribuirá decisivamente para a saúde pública de nossa região e do nosso país, bem como para a formação de profissionais da saúde mais conscientes sobre realidade e sobre a importância de sua intervenção técnica e humana em saúde.

 

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